sábado, 12 de novembro de 2016

Infeções

Entende-se por infeções sexualmente transmissíveis, doenças infeciosas com um elevado nível de contágio. São infeções transmitidas principalmente através de relações sexuais mais íntimas e podem afetar tanto o homem como a mulher. São responsável por 15% dos casos de infertilidade feminina. Pode-se prevenir uma infeção sexualmente transmissível através de métodos contraceptivos de barreira, como por exemplo o preservativo.  
Alguns exemplos de infeções sexualmente transmitidas:
·         Clamídia;
·         Gonorreia;
·         HPV (Human Papiloma Vírus);
·         Hepatite B;
·         Herpes Genitais ;
·         Sífilis;
·         Cancro mole;
·         Cancroide;
·         Donovanose;
·         Tricomoniase;
·         HIV (SIDA).
Deste grupo de infeções a Clamídia e a Gonorreia são as que comprometem mais diretamente o sistema reprodutivo da mulher, e em alguns casos passam despercebidas.
Outras como o HPV, Hepatite B, Herpes Genitais e Sífilis não causam diretamente a infertilidade, mas prejudicam devido aos efeitos colaterais indesejáveis dos tratamentos.
Focando-nos apenas nas duas infeções referidas temos:

Gonorreia

Como já foi dito, pertence ao leque de infeções sexualmente transmissíveis e é das mais comuns em todo o mundo, podendo afetar ambos os sexos. Incide mais nos indivíduos entre os 15 e 24 anos de idade, onde é comum haver uma intensa atividade sexual sem proteção.
Esta infeção é causada pela bactéria Neisseria Gonorrhoeae ou também conhecida por Gonococo.
Ter pouca idade, partilhar a vida sexual com vários parceiros, ter um parceiro que tenha alguma infeção sexualmente transmissível ou que tenha tido no seu passado, não usar métodos contracetivos de barreira ou mesmo o uso excessivo de álcool e drogas que podem levar para um ato sexual desprevenido, são algumas causas de risco para doenças como esta.

Sintomas no caso da mulher:
·         Sangramento fora do período menstrual;
·         Dor pélvica;
·         Aumento no corrimento vaginal, que fica amarelado e com um odor desagradável;
·         Dor e ardência ao urinar.
Os sintomas desta infeção são menos óbvios no caso da mulher sendo difícil de ser diagnosticado.
A transmissão do gonococo (bactéria causadora de gonorreia) pode acontecer de duas formas, pela via sexual (oral, vaginal e anal), mesmo que o parceiro não tenha sintomas, ou entre a mãe e o filho, durante uma possível gravidez.
O período de tempo entre o contágio e o surgimento dos primeiros sintomas, varia entre os 2 e os 8 dias.
O diagnóstico desta doença é geralmente realizado através de análises do corrimento purulento, e em alguns casos a urina também pode dar a informação de contágio.
Os objetivos para o tratamento desta doença são, numa fase inicial, curar a infeção do indivíduo, e de seguida interromper a cadeia de transmissão da infeção e observar o estado do parceiro do indivíduo infetado. Como se trata de uma infeção causada por uma bactéria, pode ser tratada com antibiótico receitado por um médico. 
Quando não é tratada, a Gonorreia pode ter implicações muito graves, podendo propagar-se por todo o corpo. No caso da mulher pode levar a infertilidade.





Clamídia

É uma infeção sexualmente transmissível causada por uma bactéria, Chlamydia Trachomatis que infeta os órgão genitais em ambos os sexos. É uma infeção silenciosa e das mais comuns em todo o mundo. Pode ser transmitida via contacto sexual anal, oral ou vaginal ou ser transmitida da mãe para o filho.



Estima-se que 5% da população adulta e 10% da população jovem sexualmente ativa estejam contaminados com esta bactéria.
Não usar proteção durante qualquer ato sexual é o fator de risco principal para a transmissão desta infeção.

Sintomas na mulher:
·         Dor abdominal;
·         Ardência ao urinar;
·         Corrimento vaginal;
·         Penetração dolorosa durante o ato sexual;

O período de tempo entre o contágio e o surgimento dos primeiros sintomas, varia entre os 1 a 3 semanas, e os primeiros sintomas são fracos e passageiros. Estima-se que somente 30% das mulheres infetadas apresentam os sintomas típicos da doença.
O exame para identificar a clamídia é feito através da urina ou então por amostras de material colhido com um cotonete na vagina, ficando a saber-se os resultados 24-48 horas depois. Outra forma é recorrendo ao PCR, que se relaciona com o DNA da clamídia nas secreções vaginais.
O tratamento da doença é feito através de antibióticos para combater a bactéria causadora da doença.
Uma complicação desta doença nas mulheres é a progressão da bactéria em direção ao útero, trompas e ovários, causando uma infeção grave, levando à infertilidade. As mulheres que sofrem desta infeção apresentam 6 vezes mais risco de desenvolvimento de cancro do colo do útero.







 Fontes:



                                                                                                       Beatriz Raposo


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