Entende-se por infeções sexualmente
transmissíveis, doenças infeciosas com um elevado nível de contágio. São infeções transmitidas principalmente através de relações sexuais mais íntimas e
podem afetar tanto o homem como a mulher. São responsável por 15% dos casos de
infertilidade feminina. Pode-se prevenir uma infeção sexualmente transmissível através de métodos contraceptivos de barreira, como por exemplo o preservativo.
Alguns exemplos de infeções
sexualmente transmitidas:
·
Clamídia;
·
Gonorreia;
·
HPV (Human Papiloma Vírus);
·
Hepatite B;
·
Herpes Genitais ;
·
Sífilis;
·
Cancro mole;
·
Cancroide;
·
Donovanose;
·
Tricomoniase;
·
HIV (SIDA).
Deste grupo de infeções a Clamídia
e a Gonorreia são as que comprometem mais diretamente o sistema reprodutivo da
mulher, e em alguns casos passam despercebidas.
Outras como o HPV, Hepatite B,
Herpes Genitais e Sífilis não causam diretamente a infertilidade, mas prejudicam devido aos efeitos colaterais indesejáveis dos tratamentos.
Focando-nos apenas nas duas infeções referidas temos:
Gonorreia
Como já foi dito, pertence ao
leque de infeções sexualmente transmissíveis e é das mais comuns em todo o
mundo, podendo afetar ambos os sexos. Incide mais nos indivíduos entre os 15 e
24 anos de idade, onde é comum haver uma intensa atividade sexual sem proteção.
Esta infeção é causada pela
bactéria Neisseria Gonorrhoeae ou
também conhecida por Gonococo.
Ter pouca idade, partilhar a vida
sexual com vários parceiros, ter um parceiro que tenha alguma infeção
sexualmente transmissível ou que tenha tido no seu passado, não usar métodos
contracetivos de barreira ou mesmo o uso excessivo de álcool e drogas que podem
levar para um ato sexual desprevenido, são algumas causas de risco para doenças
como esta.
Sintomas no caso da mulher:
·
Sangramento fora do período menstrual;
·
Dor pélvica;
·
Aumento no corrimento vaginal, que fica
amarelado e com um odor desagradável;
·
Dor e ardência ao urinar.
Os sintomas desta infeção são
menos óbvios no caso da mulher sendo difícil de ser diagnosticado.
A transmissão do gonococo
(bactéria causadora de gonorreia) pode acontecer de duas formas, pela via
sexual (oral, vaginal e anal), mesmo que o parceiro não tenha sintomas, ou entre
a mãe e o filho, durante uma possível gravidez.
O período de tempo entre o
contágio e o surgimento dos primeiros sintomas, varia entre os 2 e os 8 dias.
O diagnóstico desta doença é geralmente realizado através de análises do corrimento purulento, e em alguns casos a urina
também pode dar a informação de contágio.
Os objetivos para o tratamento
desta doença são, numa fase inicial, curar a infeção do indivíduo, e de seguida
interromper a cadeia de transmissão da infeção e observar o estado do parceiro
do indivíduo infetado. Como se trata de uma infeção causada por uma bactéria, pode
ser tratada com antibiótico receitado por um médico.
Quando não é tratada, a Gonorreia
pode ter implicações muito graves, podendo propagar-se por todo o corpo. No
caso da mulher pode levar a infertilidade.
Clamídia
É uma infeção sexualmente
transmissível causada por uma bactéria, Chlamydia
Trachomatis que infeta os órgão genitais em ambos os sexos. É uma infeção silenciosa e das mais comuns em todo o mundo. Pode ser transmitida
via contacto sexual anal, oral ou vaginal ou ser transmitida da mãe para o filho.
Estima-se que 5% da população
adulta e 10% da população jovem sexualmente ativa estejam contaminados com esta
bactéria.
Não usar proteção durante
qualquer ato sexual é o fator de risco principal para a transmissão desta infeção.
Sintomas na mulher:
·
Dor abdominal;
·
Ardência ao urinar;
·
Corrimento vaginal;
·
Penetração dolorosa durante o ato sexual;
O período de tempo entre o
contágio e o surgimento dos primeiros sintomas, varia entre os 1 a 3 semanas, e
os primeiros sintomas são fracos e passageiros. Estima-se que somente 30% das
mulheres infetadas apresentam os sintomas típicos da doença.
O exame para identificar a
clamídia é feito através da urina ou então por amostras de material colhido com
um cotonete na vagina, ficando a saber-se os resultados 24-48 horas depois. Outra forma é recorrendo ao PCR, que se relaciona com o DNA da clamídia nas secreções
vaginais.
O tratamento da doença é feito
através de antibióticos para combater a bactéria causadora da doença.
Uma complicação desta doença nas
mulheres é a progressão da bactéria em direção ao útero, trompas e ovários,
causando uma infeção grave, levando à infertilidade. As mulheres que sofrem desta infeção apresentam 6
vezes mais risco de desenvolvimento de cancro do colo do útero.
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Beatriz Raposo
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