Malformações Congénitas são definidas segundo a OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde, como todo e qualquer defeito presente na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural presente no nascimento devido à causa genética ambiental ou mista. Estas malformações afetam músculos, esqueleto, órgãos sensoriais,os sistemas respiratório e nervoso, a circulação e o metabolismo do recém-nascido
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Malformações Congénitas |
Causas
Apesar da origem das malformações congénitas corresponder sempre a uma insuficiência no desenvolvimento do embrião, a sua causa pode ser muito variada. Podem resultar de problemas genéticos, relacionados com mutações ou com fatores hereditários, de algumas doenças já existentes ou contraídas pela mãe ao longo da gravidez, da ingestão de medicamentos pela mesma durante os primeiros meses de gestação, como por exemplo drogas (álcool, hormonas, antibióticos, medicamentos quimioterapeuticos, etc.), da insuficiência de líquido amoniótico ou ainda da interligação evidenciada por alguns destes fatores.
De qualquer forma, em muitos casos, não se consegue determinar qualquer factor responsável pelas malformações.
Sintomas
Grande parte das malformações congénitas são observáveis desde o nascimento, mas existem outras como as uterinas e algumas ováricas que só sao detetadas mais tarde e é evidenciada quando se torna impossível a prática de relações sexuais por devido a fortes dores durante o coito.
Relativamente às malformações vaginais é correto afirmar que a menos comum é a atresia vaginal que consiste na ausência de vagina, o que é algo bastante negativo. Ainda relacionado com as malformações vaginais conhece-se a vagina septada, onde existe uma separação parcial da vagina por uma membrana que divide o canal vaginal em dois, sendo o caso mais grave desta malformação a vagina dupla.
No caso de malformações uterinas conhece-se a aplasia uterina que corresponde à usência de útero e tal como nas malformações vaginais pode levar à formação e dois úteros.
Tratamento
Normalmente, para se efetuar o tratamento de malformações recorre-se à intervenção cirurgica.
No caso de hímen imperfurado, o tratamento é sempre cirúrgico, devendo ser realizado, antes do início da puberdade, para que se evite a formação de hematométrio (acumulação de sangue na cavidade uterina) na adolescência. Quando é realizada a operação depois da menarca, deve ser realizada a incisão da mucosa, retirando-se a porção mediana da membrana, e o escoamento do fluxo menstrual retido na vagina. Esta operação designa-se por Himenotomia.
Para tratar úteros que se encontrem septados, conhece-se o progresso da
microhisteroscopia cirúrgica, que permite um procedimento mais simples e que
interfere menos com a gestação futura. Através desta técnica é possível retirar
o septo uterino sem abertura do miométrio, diminuindo o risco de ruptura se a
paciente engravidar e possibilitando o parto vaginal no futuro.
Quando se
trata de um útero unicórnio, não existe qualquer procedimento cirúrgico
disponível para o problema, no entanto, em pacientes que já apresentaram perdas
gestacionais, pode proceder-se à cerclagem do colo do útero, no início da
gestação. Esta
operação consiste em “costurar” o colo do útero da gestante para evitar que o
feto nasça prematuro.
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