sábado, 12 de novembro de 2016

Ovários Poliquìsticos e Síndrome de Ovários Poliquísticos

Ovários Poliquísticos 


   Cerca de 20 % das mulheres têm ovários poliquísticos. Este termo faz referência ao aumento do número de pequenos quistos (folículos antrais) na superfície do ovário ao ser analisado nas ecografias. Existe um grande número de mulheres com ovários policísticos que não têm problemas de ovular e engravidar. 
No entanto, algumas destas mulheres com este padrão ecográfico característico têm também a condição de Síndrome de Ovários Poliquísticos. 


Síndrome de Ovários Poliquisticos 


O que é? 


   O Síndrome de Ovários Poliquisticos, é um distúrbio que interfere no processo normal de ovulação em virtude de um descontrole hormonal que leva à formação de quistos. O aparecimento destes durante o processo de ovulação faz parte do funcionamento normal do ovário, mas o esperado é que desapareçam a cada ciclo menstrual. Em pessoas com Síndrome de Ovários Poliquísticos, estes quistos permanecem e modificam a estrutura ovárica, tornando o órgão até três vezes maior do que o seu tamanho normal. A disfunção pode levar à secreção de hormonas masculinas em excesso. A portadora do síndrome ovula com menor frequência e tem ciclos, em geral, irregulares. Calcula-se que o Síndrome de Ovários Poliquisticos afeta 20% das mulheres durante a sua fase de vida reprodutora 
   Um quisto é um tumor benigno caracterizado pelo aumento anormal de uma parte de um tecido ou órgão devido ao acumulo nessa zona de substâncias líquidas, semilíquidas ou sólidas. Esta substância está contida numa cápsula. 
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Causas  


 Não existe uma causa conhecida que provoque o desenvolvimento dSíndrome de Ovários Poliquisticos, é provável que a mesma seja o resultado da associação de fatores genéticosfatores ambientais. As hipóteses de ter origem genética são grandes pois familiares do sexo feminino (filhas/irmãs) de uma mulher que seja portadora dSíndrome tem em média 50% de hipóteses de desenvolve-lo. Contudo os médicos pensam que a causa deste Síndrome também pode estar associada ao aumento dos níveis de insulina no sangue, ou seja, esse aumento provocaria um desequilíbrio hormonal.  


Sintomas 


   A falta cronica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal do síndrome. 
   Também existem outros sintomas que podem ajudar a detectar esta doença, como: 
  • Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo); 
  • Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen; 
  • Obesidade; 
  • Acne. 
   Em casos mais graves o Síndrome de Ovários Poliquisticos, pode determinar o desenvolvimento de diabetes do tipo 2, doenças cardiovasculares, infertilidade e cancro do colo do útero.  


Diagnóstico e Tratamento 


   Para se diagnosticar o Síndrome de Ovários Poliquisticos tem que se realizar vários exames nomeadamente análises ao sangue (que contenha os valores das hormonas LH e FSH tal como de testosterona, estrogénios e progesterona) e ecografia pélvica. 
   Não existe cura para o Síndrome de Ovários Poliquísticos, porém, há tratamentos efetivos com medicamentos que conseguem controlar bem os sintomas da doença. 
   A utilização de anticoncecionais hormonais como por exemplo pílulas, protegem os ovários contra a formação dos microquistos e diminuem os níveis de hormonas masculinas e de insulina. Mulheres que planeiam engravidar também devem utilizar anticoncecionais hormonais, numa primeira fase do tratamento, para regularizar a menstruação. 
   A suspensão do anticoncecional depois da regularização dos ciclos menstruais aumenta a chance de ovulação e gravidez. Outra forma de intervenção para aumentar as chances de gravidez são os produtos indutores da ovulação. Quando a portadora do Síndrome de Ovários Poliquísticos apresenta altos níveis de insulina os médicos usam medicamentos específicos para reduzir a produção dessa substância. Na presença de uma gravidez, tais medicamentos podem ser usados até a 36ª semana (fim) da gestação. 
   Se os medicamentos não ajudarem uma mulher a ficar grávida, uma cirurgia ambulatorial chamado perfuração ovárica laparoscopia é uma opção para algumas mulheres com o síndromeNeste procedimento, um cirurgião faz uma pequena incisão na zona da pélvis e insere um tubo ligado a uma pequena câmara (laparoscópico). A câmara fornece ao cirurgião imagens detalhadas dos ovários e dos órgãos pélvicos vizinhos. Em seguida o cirurgião insere instrumentos cirúrgicos através de pequenas incisões e utiliza eletricidade ou um laser para queimar pequenos buracos nos folículos sobre a superfície dos ovários. O objetivo é induzir a ovulação.


Fontes

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